Por, Karoline Dias
Nos últimos anos, o conceito de cuidado integral à saúde tem ganhado cada vez mais destaque, especialmente no contexto de tratamentos médicos que focam no bem-estar completo do indivíduo. O modelo integral de saúde considera o paciente como um ser único, levando em conta não só as condições físicas, mas também os aspectos emocionais, sociais e espirituais. Nesse cenário, novas abordagens terapêuticas vêm sendo exploradas, a exemplo da cannabis medicinal.
Os pilares desse cuidado vão desde a prevenção e promoção de saúde, onde o foco não está apenas em tratar doenças, mas também em prevenir problemas de saúde por meio de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, exercícios físicos, redução do estresse e cuidado com o bem-estar mental.
O uso terapêutico da cannabis tem se mostrado uma alternativa promissora para o tratamento de diversas condições de saúde, especialmente aquelas que não respondem bem aos tratamentos convencionais, devido a modulação do sistema endocanabinoide que é também um sistema regulador de funções fisiológicas, como dor, sono, apetite, humor e inflamação.
Um estudo recente Tailandês com ampla amostra de pacientes (21.284 participantes) retrata a importância da terapia canabinoide para o quadro global de qualidade de vida dos pacientes, incluindo diminuição da dor, fadiga, náusea, anorexia, e falta de ar, com apenas 0,42% deles experimentando reações adversas de baixa complexidade, como boca seca e tontura.
O estudo também comparou os resultados entre pacientes com câncer e sem câncer. Embora pacientes com câncer apresentavam maior incidência de sintomas no início do estudo, eles também experimentaram melhorias significativas após o tratamento. Dessa forma, elevamos a compreensão do papel da cannabis medicinal na qualidade de vida da população.
A chave do cuidado integral está no tratamento individualizado e bem acompanhado por profissionais de saúde preparados, reconhecendo que cada pessoa é única, na busca de adaptar o terapia às necessidades e características do paciente, considerando seu histórico médico, suas preferências e um monitoramento mais próximo.
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Pramote Stienrut, Krit Pongpirul, Phanupong Phutrakool, Chatuthanai Savigamin, Pim Sermsaksasithorn, Ornpapha Chanhom, Panthakan Jeamjumrus, Pimlada Pongchaichanon, Preecha Nootim, Mala Soisamrong, Anchalee Chuthaputti, Kulthanit Wanaratna, Tewan Thaneerat; Medical Cannabis Prescription Practices and Quality of Life in Thai Patients: A Nationwide Prospective Observational Cohort Study. Med Cannabis Cannabinoids 26 June 2024; 7 (1): 125–137. https://doi.org/10.1159/000540153
Muito interessante o artigo.